História do Castelo de Almourol
Origem & História
O Castelo de Almourol foi erguido no século XII pela autoria dos mestres templários. Ele foi construído sobre as bases de uma antiga fortaleza, romana ou visigótica, sendo posteriormente edificado pelos Templários após as conquistas de os cristãos na região. O castelo está situado em uma ilha no rio Tejo, em Portugal, e é um dos representantes mais significativos da arquitetura militar medieval do país.
Apesar de não se saber ao certo quando foi fundado, evidências romanas e descobertas arqueológicas sustentam a sua presença nesse período. Em 1170, D. Gualdim Pais, mestre dos Templários, o encontrou em estado de degradação e o renovou, transformando-o em uma fortaleza importante para a proteção contra os mouros utilizando o rio Tejo como vantagem estratégica natural da sua localização.

Construção e Fundação pelos Templários
Registos históricos indicam que a área foi ocupada por lusitanos e romanos, mas a fortificação atual remonta à época medieval. Em 1129, D. Afonso Henriques doou a região aos Cavaleiros Templários, uma ordem militar e religiosa fundamental na defesa e expansão do reino.
🏗️A Reconstrução pelos Templários
Em 1171, sob a liderança de Gualdim Pais, Grão-Mestre dos Templários em Portugal, o castelo foi reconstruído e adaptado às necessidades militares da época. A localização estratégica permitia o controlo da navegação no Tejo e reforçava a defesa contra possíveis invasões.
✠ O Papel dos Templários em Portugal
Os Templários desempenharam um papel crucial na história de Portugal, contribuindo para:
✅ Defesa territorial – Protegendo fronteiras contra os mouros.
✅ Desenvolvimento económico – Criando cais de embarque e impulsionando o comércio.
✅ Influência política – Aconselhando reis e participando de decisões estratégicas.
✅ Legado cultural – Construindo castelos, igrejas e outros edifícios históricos.
A Linha do Tejo: Estratégia de Defesa Templária
Os Templários organizaram um sistema defensivo em rede, conhecido como Linha do Tejo, que incluía castelos estrategicamente posicionados para proteger o território cristão contra invasões mouras.
🏰 Principais Castelos da Linha do Tejo:
✔️Castelo da Cardiga, Castelo de Almourol e Castelo de Ozêzere → Controle do rio Tejo e barreira contra incursões mouras.
✔️ Castelo de Tomar → Centro de comando templário.
✔️ Castelo de Pombal → Defesa das rotas terrestres entre Coimbra e Lisboa.
✔️ Castelo Branco → Comunicação entre fortalezas e proteção do interior.
→ Entre outros.
⚔️ Funções na defesa do Tejo:
🛡️ Barreira contra invasões muçulmanas: O castelo ajudava a impedir avanços do sul, onde ainda havia domínio islâmico do território.
🛡️ Posto de vigia e controle do rio: Sua posição elevada numa ilha permitia monitorar movimentos militares e controlar travessias.
🛡️ Ponto de comunicação e apoio militar: Integrava uma rede de fortalezas templárias que protegiam o território recém-conquistado.
Este sistema de defesa em profundidade dificultava o avanço inimigo, permitindo reação rápida a qualquer ataque.
O Fim dos Templários e o Impacto no Castelo de Almourol
O Castelo de Almourol, um dos monumentos mais icônicos de Portugal, está profundamente ligado à história dos Cavaleiros Templários. Situado numa ilha rochosa no rio Tejo, este castelo desempenhou um papel estratégico durante a Reconquista Cristã e foi um bastião da influência templária em território português.
Mas o que aconteceu com Almourol após a extinção da Ordem dos Templários em 1312?
Em 1312, o Papa Clemente V, sob forte pressão do rei francês Felipe IV, decretou a extinção da Ordem dos Templários. Em muitos países, isso resultou na confiscação de bens, perseguições e execuções dos membros da ordem.
No entanto, Portugal seguiu um caminho diferente. Graças ao apoio do rei D. Dinis, os bens templários não foram destruídos nem apropriados pela Coroa ou pela Igreja.
📜 D. Dinis encontrou uma solução engenhosa para manter o legado templário vivo:
- Criou a Ordem de Cristo em 1319, uma nova ordem militar para substituir os Templários.
- Transferiu os bens templários para a Ordem de Cristo, garantindo a continuidade da sua administração.
- Preservou o Castelo de Almourol, integrando-o à nova ordem para evitar o abandono ou destruição.
🔎 Curiosidade: Muitos dos cavaleiros templários simplesmente adotaram a nova Ordem de Cristo, mantendo-se ativos e protegendo as fronteiras portuguesas.
🛡️ A Perda da Relevância Militar de Almourol
Com o avanço da Reconquista Cristã e a expulsão dos mouros para além do Algarve, Almourol perdeu gradualmente sua importância estratégica.
📉 Principais fatores da perda de relevância militar:
✔️ A linha de defesa do Tejo deixou de ser necessária, pois as fronteiras portuguesas expandiram-se para o sul.
✔️ O castelo passou a ter um papel mais simbólico do que defensivo, tornando-se um monumento do passado templário.
✔️ Mudanças nas táticas militares e no uso de artilharia tornaram as fortalezas medievais menos eficientes.
Apesar disso, Almourol nunca foi esquecido. Sua localização única e sua ligação aos Templários fizeram dele um dos castelos mais emblemáticos de Portugal.
Restaurações e Estado Atual
Castelo de Almourol passou por vários restauros, especialmente a partir do século XIX, quando o interesse pelo seu valor histórico e simbólico aumentou.
🔹 Restauração Romântica no Século XIX (1850-1860)
✠ Durante a Era Romântica, houve um movimento de restauração inspirado em uma visão idealizada da Idade Média.
✠ Foram recriadas ameias e torres, priorizando a estética medieval em vez da precisão histórica.
✠ O objetivo era transformar Almourol em um símbolo do legado templário e da identidade nacional.
✠ O castelo foi entregue ao Exército Português, sob a supervisão da Escola Prática de Engenharia de Tancos, vínculo que permanece até hoje.
✠ Em 16 de junho de 1910, Almourol foi oficialmente classificado como Monumento Nacional de Portugal.
🔹 Reformas no Século XX (Anos 1930 e 1940)
✠ Durante o Estado Novo, o regime de Salazar promoveu reformas em diversos monumentos históricos para reforçar a identidade nacional.
✠ O castelo foi parcialmente renovado, corrigindo falhas da restauração romântica e reforçando suas estruturas.
✠ A torre de menagem foi estabilizada e partes da muralha foram reforçadas.
✠ O espaço foi adaptado como Residência Oficial da República Portuguesa, onde ocorreram eventos oficiais importantes nas décadas de 1940 e 1950.
🔹 Restaurações Recentes (2006 e 2013)
✠ 2006 – Inauguração de dois novos embarcadouros turísticos, um na margem direita do rio Tejo e outro na parte sul da ilha.
✠ 2013 – Início de obras de restauração das muralhas e intervenção na torre de menagem e a criação de um espaço museológico em Vila Nova da Barquinha – Centro de Interpretação Templário de Almourol.
✠ O projeto teve um investimento de 500 mil euros, com foco na impermeabilização, drenagem de águas e melhorias estruturais.
✠ A torre de menagem recebeu um novo terraço, uma escada metálica de acesso e um sistema expositivo sobre os Templários, melhorando a acessibilidade e experiência dos visitantes.
Legado dos Templários Comenda Almourol & Cardiga
Os Cavaleiros Templários deixaram uma marca profunda em Portugal, especialmente na região do Médio Tejo. Entre os seus principais legados estão o Castelo de Almourol e a Quinta da Cardiga, que desempenharam papéis estratégicos na defesa e no desenvolvimento econômico do território.
Descubra como essa herança templária influenciou a arquitetura militar, a gestão agrícola e a cultura local, consolidando Almourol e Cardiga como dois dos mais fascinantes testemunhos da história medieval em Portugal.
🛡️ Castelo de Almourol: Fortaleza Templária no Coração do Tejo
O Castelo de Almourol é um dos mais emblemáticos castelos templários de Portugal. Embora sua origem remonte à época romana e visigótica, foi reconstruído pelos Templários em 1171, sob o comando de Gualdim Pais.
📌 Funções estratégicas de Almourol:
✔️ Integrava a Linha Defensiva do Tejo, protegendo a fronteira cristã contra incursões muçulmanas.
✔️ Servia como posto militar e centro logístico da Ordem do Templo.
✔️ Exibia elementos arquitetônicos templários, como muralhas imponentes e torres defensivas.
Após a dissolução da Ordem dos Templários em 1312, Almourol foi transferido para a Ordem de Cristo, que deu continuidade à sua preservação.
🔎 Curiosidade: O Castelo de Almourol é cercado de lendas templárias, incluindo teorias sobre o Santo Graal e aparições misteriosas de cavaleiros.
🌿 Quinta da Cardiga: O Centro de Gestão Agrícola dos Templários
Pouco conhecida, mas de enorme importância histórica, a Quinta da Cardiga, situada perto de Golegã, era uma das propriedades agrícolas mais valiosas dos Templários.
📜 Origens e funções:
✔️ Doada aos Templários por D. Afonso Henriques em 1169.
✔️ Tornou-se um modelo de autossuficiência econômica, com produção agrícola avançada.
✔️ Sistemas de irrigação inovadores foram implementados, demonstrando a eficiência templária na gestão da terra.
Após a extinção da Ordem, a Cardiga foi incorporada à Ordem de Cristo, que manteve seu papel agrícola e económico ao longo dos séculos.
⚔️ O Legado Templário em Almourol e Cardiga
Os Templários não deixaram apenas construções físicas – seu impacto na região pode ser sentido até hoje.
🔹 Influência militar e arquitetônica: Fortificações como Almourol demonstram a engenharia militar templária, com muralhas robustas e sistemas defensivos estratégicos.
🔹 Desenvolvimento agrícola: As comendas templárias foram responsáveis por introduzir técnicas avançadas de cultivo e irrigação, promovendo a sustentabilidade da região.
🔹 Espiritualidade e simbolismo: A presença templária influenciou a cultura e as lendas locais, tornando Almourol e Cardiga símbolos do misticismo templário em Portugal.
🌟 Sabia que? Os Templários foram pioneiros no sistema bancário medieval, desenvolvendo um método seguro de transações financeiras que influenciou a economia da época.
Personalidades na História do Castelo de Almourol
Desde o 1º Rei de Portugal ao Grão-Mestre dos Templários – conheça o perfil das figuras de destaque na história de Almourol.
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