Arquitetura do Castelo de Almourol
Origem & História
O Castelo de Almourol, localizado numa ilha do rio Tejo, é um dos monumentos mais emblemáticos de Portugal. Com 200 metros de comprimento e 70 de largura, sua maior altura atinge 19 metros acima da linha de água do Rio Tejo. Descubra todos os pormenores sobre Arquitetura e Estrutura do Castelo de Almourol
Embora sua fundação exata seja desconhecida, com vestígios romanos e achados arqueológicos confirmam sua existência nessa era. Em 1170, D. Gualdim Pais, mestre dos Templários, encontrou-o em ruínas e remodelou-o, tornando-o em uma fortaleza estratégica na defesa contra os mouros. ✠✠✠
Arquitetura & Estrutura
🚣 Travessia pelo Rio Tejo
A aventura para visitar Almourol começa ao atravessar o rio Tejo numa embarcação que transporta miúdos e graúdos ao encontro da fortaleza Templária erguida nos granitos da ilha.
Ao desembarcar na ilha, uma escadaria de pedra serpenteia por entre salgueiros, chorões e choupos, criando um caminho pitoresco até à porta de entrada do castelo.
🏰 A Entrada na Fortaleza
O pórtico principal, virado a sul, guarda uma inscrição histórica testemunhando a importância do castelo na defesa templária no território e ressalvando a importância do seu arquitecto-mestre – Gualdim Pais.
- O castelo possui nove torres defensivas distribuídas ao longo da muralha.
- A Torre de Menagem, coroada por ameias, destaca-se no centro do recinto.
- A entrada original, uma porta gótica em ogiva, encontra-se hoje inutilizada.
- O pátio interior revela vestígios de aposentos abobadados, outrora decorados com ornamentação requintada.
a torre de menagem
A subida na torre principal faz-se por uma escadaria reconstruída, interrompida por 3 salas no interior da torre. Algumas dessas salas ainda conservam vestígios de ornamentação, simples, mas reveladoras do passado medieval.
No topo da torre, a vista panorâmica revela toda a estrutura da fortificação:
✠ Muralhas largas e coroadas de ameias, criando um caminho seguro para os homens de armas.
✠ Torres e quadrelas com seteiras, oferecendo pontos estratégicos para arqueiros.
✠ Uma linha de seteiras na face norte, acessível através de um passadiço apoiado em cachorros.
✠ Uma escadaria na face norte, indicando a altura original da muralha e permitindo o acesso ao seu coroamento.
✠ A espessa Torre de Menagem, com três pavimentos claramente identificáveis pelas sapatas onde assentavam as vigas da infraestrutura.
✠ Arquitetura e Estrutura do Castelo de Almourol é similar a original mas o monumento já sofreu várias remodelações.
Influência dos Templários
Em 1170, D. Gualdim Pais, mestre dos Templários, o encontrou em estado de degradação e o renovou, transformando-o em uma fortaleza importante para a proteção contra os mouros utilizando o rio Tejo como vantagem estratégica natural da sua localização. ✠ ✠ ✠
Símbolos Templários & inscrições
Sobre a janela principal da Torre de Menagem, destaca-se uma pedra quadrada gravada com a cruz patesca dos Templários. Curiosamente, esta mesma cruz pode ser encontrada no rodapé exterior da igreja de Santa Maria dos Olivais, em Tomar, uma antiga sede templária em Portugal.
Achados Arqueológicos
Durante as escavações realizadas no Castelo de Almourol, foram encontrados diversos artefatos que atestam a antiguidade e a importância histórica da fortaleza. Entre os principais achados destacam-se:
💰 Moedas Antigas:
- Sete moedas romanas diferentes, confirmando a ocupação da ilha desde a época romana.
- Centenas de moedas portuguesas pertencentes às primeira, segunda e quarta dinastias, incluindo:
- Medalhas de D. Sancho I e dinheiro cunhado no seu reinado.
- Moedas de D. Afonso III, D. Dinis, D. Afonso IV e D. Pedro I.
- Tornezes, graves e pilartes de D. Fernando.
- Reais IHNS e reais de V de D. João I.
- Reais de soldos, reais pretos e ceitis de D. Duarte e D. Afonso V.
- Cinco reis de D. Sebastião e ceitis de D. Manuel.
- Reais de D. João IV, além de outras moedas não classificadas, algumas de prata.
🏺 Outros Objetos de Interesse:
Além das moedas, foram desenterrados diversos objetos de cerâmica e metal, cuja datação exata é incerta. Entre eles, destacam-se:
- Uma espora de latão magnificamente conservada.
- Vinte e seis medalhões diversos, possivelmente pertencentes a nobres cavaleiros da época medieval.
Estes artefatos não apenas atestam a antiguidade do castelo, mas também revelam a importância estratégica e económica de Almourol ao longo dos séculos.
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